Você sabe como é calculado o custo de transporte de cargas? É a partir da composição do custo que será formado o preço de venda. Portanto, no momento de escolher uma transportadora é fundamental analisar todos os aspectos que levaram à formação do preço.
Além de calcular os gastos com a manutenção do veículo, combustível, lubrificantes, pneus e salários, também é preciso levar em conta a qualidade dos serviços prestados e a agilidade do atendimento.
Afinal, o cálculo do preço deve levar em consideração não só os anseios do mercado, mas também a qualidade e produtividade. Quem atua no segmento de logística também deve avaliar fatores como: abrangência, flexibilidade e uso da tecnologia, por exemplo. Continue a ler o post e saiba mais sobre o assunto.
Como é calculado o custo de transporte de cargas
O custo de transporte de cargas está baseado basicamente em: frete-peso, frete-valor e taxas complementares. O frete-peso está diretamente ligado aos custos operacionais diretos e indiretos, portanto inclui as despesas fixas e variáveis. Já o frete-valor compreende custos de gestão de riscos, como acidentes, roubos e eventuais avarias. Por fim, as taxas complementares incluem gastos como impostos, pedágios, ITR (Incremento ao Transporte Rodoviário), entre outras.
Resumidamente parece simples, mas é preciso analisar vários aspectos como: mercado, serviço, demanda e qualidade. Os diretores de logística estão frequentemente imersos em planilhas a fim de encontrar alternativas para reduzir o custo de transporte de cargas. Porém, nem sempre a melhor alternativa é focar apenas no preço do frete. Reunir elementos que favoreçam a negociação pode reduzir os custos logísticos e ao mesmo tempo garantir uma qualidade melhor.
Veja com mais detalhes algumas metodologias aplicadas para o cálculo em questão no Brasil — foram desenvolvidas por diferentes instituições para fornecer uma orientação às empresas transportadoras:
- Planilha GEIPOT: planilha desenvolvida pelo Grupo Executivo de Integração da Política de Transporte (órgão do governo federal) em 1999. Considera critérios que se restringem às despesas diretas (abrange como despesas indiretas somente os salários, ordenados da diretoria e outros custos).
- Planilha da COPPEAD: metodologia desenvolvida pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade do Rio de Janeiro. Considera somente as despesas diretas (formadas basicamente pelos custos fixos e variáveis), sendo os custos indiretos associados à operação de transporte.
- Manual da NTC: planilha de cálculos elaborada pela NTC (Associação Nacional de Transporte de Carga) e pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica). Compõe-se de todos os índices das operações relacionadas ao transporte e dos índices de variação dos custos de coleta e de entrega de mercadorias (esse modelo é utilizado por muitas empresas e cooperativas de transporte de cargas brasileiras).
- Planilha da Cooperativa: planilha desenvolvida por uma cooperativa de transporte de carga, e que considera apenas as despesas diretas (alguns custos diretos, atendidos em outras metodologias, são dispensados na ferramenta, tornando-a bem simplificada).
- Planilha Guia do Transportador: planilha eletrônica que pode ser acessada por seus assinantes por meio do portal Guia do Transportador, e que aprecia apenas despesas diretas, simplificando o cálculo.
A terceirização dos serviços de transporte de cargas pode ser vantajosa para o embarcador na medida em que o deixa livre de encargos trabalhistas e custos com a manutenção do veículo. Naturalmente, apesar de esses valores entrarem na composição do frete, eles acabam sendo divididos entre os muitos clientes, ou seja, se diluem de modo que há economia para o cada embarcador que procura os serviços.
Aqueles são os custos básicos envolvidos no cálculo do transporte de cargas. Veremos agora, como esses custos influem na precificação dos serviços oferecidos pelas transportadoras.
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