O primeiro, que é externo ao Brasil, é a Guerra na Ucrânia, que pode impactar a transmissão de energia na Europa, a depender de como ela se desenrolar no próximo ano. Assim, pode ser que ela interfira no mercado de combustíveis global.
Enquanto o segundo fator é a política de tributação dos combustíveis no país. Para o professor, os preços dependem da manutenção ou não das mudanças legislativas realizadas pelo governo atual.
Há algumas questões envolvendo a tributação dos combustíveis no Brasil. Dentre elas, a dúvida de a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vai se manter ou não.
Ainda, “é importante saber se a nova administração da Petrobras (PETR4) vai manter a política de preços a partir da paridade internacional”,
A volta da cobrança do PIS e Cofins também é um fator de preocupação sobre o preço dos combustíveis.
Isso porque houve uma redução desses impostos ao longo dos últimos anos e a necessidade de trazer equilíbrio fiscal em 2023 pode fazer com que ele seja majorado, “mas isso é pouco provável de acontecer em um primeiro ano de governo”.
Travas de segurança
Apesar dos pontos de preocupação é pouco provável que o preço dos combustíveis sofra com altas expressivas no próximo ano.
O primeiro é o dólar, que está bastante estabilizado, “não há nenhuma perspectiva de que ele volte a subir com força”.
Já o segundo é o STF (Supremo Tribunal Federal), que aprovou um limitador para o ICMS sobre os combustíveis.
Para o professor, havia um temor de que o ICMS, que foi reduzido em 2022, voltasse a subir e os preços dos combustíveis, que caíram por conta dessa decisão, voltassem a subir.
“Mas com a decisão [do STF] cria-se um cenário de mais estabilidade para os preços dos combustíveis“.
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