É importante conhecer todas as modalidades de frete e também o perfil do seu público, para entender o que é mais indicado para o seu negócio e qual o melhor custo benefício na realização das vendas.
Tipos de frete em relação à quem envia a mercadoria
Os fretes podem ser definidos em dois modelos principais, o CIF e o FOB, quando consideramos a responsabilidade pelo trabalho e os custos como referenciais.
CIF
Na modalidade CIF, os custos, seguro e frete, são de responsabilidade de quem está enviando os produtos.
Por isso, para que a venda tenha um valor equilibrado, é comum que esses gastos com o transporte sejam incluídos no preço final da mercadoria.
Os impostos como ICMS são cobrados sobre o valor final da nota fiscal. Então, podemos dizer que com o valor do frente embutido no preço da mercadoria, a incidência de ICMS ocorre também sobre o valor do frete.
Para as empresas que trabalham com frete CIF, vale buscar a melhor negociação entre as transportadoras para conseguir valores mais competitivos.
Esse modelo é o ideal para o envio direto ao consumidor, como o realizado por marketplaces e lojas virtuais.
FOB
Também conhecido como Livre a Bordo, a responsabilidade de quem está enviando a mercadoria limita-se até o momento do despacho. A partir daí, os custos são de responsabilidade de quem receberá a encomenda, incluindo frete e seguro dos produtos.
Justamente por essa característica, o pagamento das despesas de transporte só é feito no ato do recebimento dos produtos.
Os envios em formato FOB sofrem a incidência de tributos específicos dos serviços de transporte. Geralmente, há a cobrança de ICMS, IPI, PIS e Cofins, calculados separadamente.
É uma modalidade muito utilizada na negociações entre empresas (comércio B2B).
Tipos de frete em relação ao modelo de contratação
A contratação do frete também implica variações de custo e eficiência da entrega. Veja os modelos de contratação mais comuns:
Normal
Trata-se do tipo de frete convencional, com a coleta da mercadoria direto no remetente e o envio ao destinatário, sem nenhum intermediário entre os dois envolvidos no processo.
É o frete mais praticado pelas transportadoras, além de ser o mais acessível para caminhoneiros autônomos.
Subcontratação
Na subcontratação, a empresa responsável pelo frete contrata outra empresa para realizar o trabalho, terceirizando a entrega.
É uma boa solução para transportadoras em épocas de alta demanda, principalmente com prazos apertados e clientes cada vez mais exigentes.
O modelo de subcontratação ajuda a “desafogar” uma transportadora que está com um grande número de entregas para realizar.
Redespacho
No redespacho, o percurso de entrega é feito por duas transportadoras, com cada uma sendo responsável por um trecho.
Essa estratégia ajuda a transportadora a diminuir os custos e a cobrir uma área maior de entrega, otimizando os resultados. Também facilita a otimização das rotas e permite uma maior distribuição dos produtos.
Ainda existe a opção de redespacho intermediário, que é similar ao redespacho, porém conta com a participação de três ou mais transportadoras no processo.
Vinculado à multimodal
O transporte multimodal é realizado por meios de diferentes modalidades em uma única entrega. Ou seja, para a mesma remessa, um trecho pode ser feito por transporte rodoviário e o outro por aéreo, por exemplo.
Nesse tipo de frete, a transportadora geralmente é contratada por um Operador de Transporte Multimodal (OTM), responsável pela emissão do CT-e ― Conhecimento de Transporte.
Além disso, o OTM também faz a contratação das empresas que farão o deslocamento da carga em cada modal, assumindo a responsabilidade da entrega e lidando diretamente com o cliente. Caso ocorra algum problema, é responsabilidade do OTM resolver.
Tipos de frete em relação às características das cargas
As cargas têm particularidades que influenciam a tomada de decisão da transportadora sobre o frete mais adequado. Destacamos aqui os grupos principais.
Carga fracionada
A carga fracionada é composta por itens em pequena quantidade ou em volume reduzido. Para que a viagem compense, é preciso preencher o espaço com produtos de outros clientes.
Por isso, é comum nesse tipo de carga o envio de mercadorias totalmente diferentes, mas que irão para a mesma cidade. Os custos de frete são divididos pelas empresas, barateando o processo e aproveitando melhor a viagem.
Carga lotação
Também conhecida como carga completa. Ocorre quando o volume ocupa todo o espaço do transporte, que será usado na totalidade para aquela entrega.
Por isso, o valor de frete não é dividido, e o produto é enviado diretamente para o ponto de entrega determinado.
Otimização da escolha de frete
A decisão sobre o frete usado pela sua empresa ou e-commerce é estratégica. Se o seu site comercializa um produto a R$ 100,00 e cobra R$80,00 pelo frete, alguns clientes podem desistir da compra se encontrarem melhores condições na concorrência.
Você ainda pode pensar em soluções alternativas para que o valor do frete não represente tanto sobre o valor da compra. Vender kits, por exemplo, que aumentam o valor da compra, pode ajudar nisso.
E como avaliar isso? É preciso ter uma noção clara do volume de vendas e das distâncias percorridas para que as mercadorias sejam entregues. Essas informações podem ser obtidas através de soluções logísticas como a Melhor Envio, Frete Rápido e Frenet, que realizam cotação de fretes e permitem a escolha da melhor opção de envio.
É importante conhecer bem cada tipo de frete para poder negociar com transportadoras e escolher o mais benéfico para a sua empresa. Com isso, é possível reduzir gastos e comparar o custo-benefício de cada prestadora de serviços, conseguindo contratos mais interessantes.
Tabela de frete – Como calcular, Preços, ANTT e mais!
As Tabelas de Frete são decididas de acordo com o custo fixo de cada caminhão em conjunto com alguns custos variáveis definidos pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Os valores mudam constantemente conforme a inflação, e por causa dessa realidade nem sempre é fácil realizar os cálculos de modo correto.
Pensando nisso, nesse post nós não apenas mostraremos quais os custos que devem ser apontados mas também explicaremos como realizar essas contas e a sua importância para que você não erre e assim não perca dinheiro.
O que são custos fixos e variáveis:
Como já citado anteriormente, existem custos fixos e variáveis que devem ser levados em consideração quando falamos sobre a precificação do frete.
Custos Fixos
Os custos fixos são aqueles que mesmo que a sua frota não esteja funcionando, você continua pagando, como:
- Capital;
- Depreciação do veículo;
- Licenciamento;
- Seguro;
- IPVA.
Custos Variáveis
Já os custos variáveis estão relacionados aos valores que mudam conforme a necessidade de cada veículo e rota. São eles:
- Combustível;
- Pneus;
- Lubrificante;
- Lavagem;
- Salário/Diária do motorista.
- Custos de viagem (ex: alimentação da tripulação, pedágio, etc);
- Possíveis multas;
- Manutenção periódica de Frota.
Como calcular a tabela de frete
Agora que você já sabe quais são os custos fixos e variáveis, para fazer o cálculo da tabela de frete segundo a ANTT, é necessário realizar uma fórmula específica:
Ou seja, primeiro multiplique o valor do deslocamento encontrado na tabela conforme as características do seu veículo com a distância em KM que será percorrida. Depois some o resultado da multiplicação com o valor da Carga e Descarga também fornecida na tabela de frete da ANTT.
Fontes: Olist.com e Renasoft